Afinal somos todos burgueses

Vejo com muita naturalidade as manifestações de repudio à senhora Roussef ocorridas no domingo.Somente os mal intencionados, os parvos ou idiotas  tentam desqualificar  aqueles eventos, dando-lhes para sua conveniência,  um rotulo de ódio  das” zelites” ou burguesia   dirigidos  a tão virtuosa madame.Se esquecem, ou ignoram , de forma cínica   como a mentira,a calhordice , a destruição irresponsavel de  reputações e a manipulação de informações sobre a real situação do pais, transformaram as eleições num vale tudo  em nome de um projeto de poder.Nós burgueses não estamos com ódio.Aliás este sentimento é  privativo do Partido dos Trabalhadores,que o semeia  sempre que  algo ou alguém  contraria seus interesses.O que nós realmente e, justificadamente estamos  tomados é de imensa indignação!È bom que se diga que  aqueles que não votaram na Dilma já esperavam por isso.É  na outra metade  que se encontram os desiludidos e os enganados que acreditavam naquele Brasil do marqueteiro  vendedor de ilusões e de promessas vazias.Essa indignação cada vez mais se acentua à medida que a presidente,totalmente distanciada da realidade ,joga sobre os ombros da sociedade a responsabilidade de pagar a conta de sua incompetencia,de sua total incapacidade gerencial, de seus desatinos e desvairios,haja visto o caos provocado no setor eletrico.Querer culpar   uma crise internacional, , é subestimar a inteligência do cidadão comum.Ao tentar explicar o panelaço como um ato típico da burguesia  revanchista  por não aceitar a derrota  nas urnas, certos  blogueiros , colunistas e jornalistas  incorrem em erro grotesco e grosseiro.Primeiramente é importante ressaltar que pouco importa se a panela é de teflon, de ouro ,de prata ou de ferro batido.O que conta é  o eco de seu som ressoando  pelos ares das cidades.Por outro lado é bom refrescar a memória  de certos doutores ,mesmo daqueles que por opção ou por necessidade de sobrevivencia,tiveram que buscar o ganha pão em outros campos  que não aquele de sua formação acadêmica.Jornalismo ,por exemplo.Falemos um pouco da burguesia para refrescar a memória de alguns:temos a burguesia detentora dos meios de produção composta dos grandes empresários  do setor produtivo e do setor financeiro num primeiro grupo e  pequenos e medios empresários num segundo grupo,totalizando os dois grupos algo como   dez milhões de pessoas.As classes sociais fora do sistema produtivo acima mencionado, nos remetem à pequena burguesia,ao proletário  das cidades e dos campos e ao  que chamamos de lumpemproletariado ou povão   desprovidos de recursos econômicos e de consciência política., presas fáceis dos interesses burgueses  ou clientelismo político partidário através das bolsas  compradoras das consciências e principalmente dos votos.A pequena burguesia abrange as classes media alta e tradicional,tendo  os altos executivos de empresas nacionais,multinacionais  e altos burocratas do governo na primeira e  funcionários públicos, profissionais liberais,professores e intelectuais, entre eles ,os jornalistas na segunda.Somos cerca de cento e vinte milhões neste grupo.Quarenta milhões formam o lumpemproletariado.Portanto aqueles que nos chamam de elite branca e burgueses  quer queiram  ou não,quer gostem ou não , fazem tambem parte do mesmo contingente social.E que não venham reclamar de ofensas à madame numa atitude de debochado cinismo.Lembrem-se, caros colegas burgueses, de suas agressões  verbais  e cheias de ódio ,não respeitando nem a residência particular da cidadã Yeda Cruisis  quando governadora do Rio Grande do Sul.

Fabio Botelho

 Fonte de consulta: Eng. Fernando Alcoforado,PHD em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona.

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