Em um passado recente escrevi um artigo com o seguinte titulo:Por onde anda o bom futebol?Ali naquele espaço comentei sobre a má qualidade do futebol atualmente jogado na Serie A do Brasileirão e também da baixa qualidade dos atletas.Hoje gostaria de comentar sobre treinadores e comissões técnicas.Mas , caros leitores, alguém poderia me perguntar:mas você então acompanha de perto os trabalhos desses profissionais,não è?Não,não frequento nenhum CT de qualquer clube .Meus diagnósticos se baseiam principalmente,no acompanhamento da performance das equipes e dos jogadores durante as partidas, e pela percepção de erros repetidos,partida após partida,que uma equipe comete.Aí dá pra você avaliar se o treinador está agregando mais qualidade ,coletiva ou individual ao longo de seu trabalho.Não é o que tenho visto.O que na realidade se vê, é a grande rotatividade dos treinadores,sempre levando para o novo clube as mesmas ideias e métodos aplicados no emprego anterior,e, que provavelmente lá não surtiram efeito.Caso contrario ainda estariam lá.Muitos acham, especialmente aqueles que promovem a troca do técnico,que o simples fato de mudar já é suficiente.Mas não é.E se o for,o será por um curto espaço de tempo.Logo as coisas voltam ao estagio anterior.E aí se muda novamente ,e por aí vai.Por isso é importante um planejamento cuidadoso no inicio da cada temporada.Uma vez definido o treinador, o próximo passo é,com ele,estabelecer o plano de trabalho,definir quem fica,quem sai e quem deve chegar para suprir as eventuais necessidades.A pré temporada não pode servir apenas para condicionamento físico ou mesmo trabalho coletivo.È preciso ir além.Eu costumo usar uma metáfora bem interessante:em qualquer trabalho de grupo, voçê tem que olhar não só a floresta,mas também cada arvore individualmente.Principalmente as árvores.O que isso significa?Não se deve ter foco apenas no grupo ( a floresta). Cabe ao treinador e sua comissão,fazer um diagnóstico de cada jogador:suas qualidades e suas deficiências;e para estas estabelecer treinamentos específicos para melhor qualificá-lo. Melhorias individuais certamente melhorarão o rendimento coletivo . E tem que ter acompanhamento e avaliação permanentes.Essa mesma filosofia deve ser implementada nas categorias de base.Quando o jovem chegar à equipe principal ele estará quase pronto e sem vícios que impeçam o seu progresso profissional.Esse trabalho integrado de todos os treinadores desde a base até os profissionais tende a, no médio e longo prazo,ser altamente compensador.
Até mais!