Repercutiu bastante nas redes sociais a declaração do Rogerio Ceni , após seu time, o Bahia, ter sido derrotado pelo Cruzeiro na última segunda feira no Estadio da Fonte Nova. Ao analisar a partida , Rogerio Ceni disse: ” o Bahia dominou a maior parte da partida, e merecia ter ganho o jogo. O Cruzeiro não jogou nada, reagindo apenas nos quinze minutos finais”. Esse trecho,”não jogou nada” ,não foi bem digerido pelos cruzeirenses ,que viram nele um desrespeito do Rogerio ao clube estrelado.Eu não vejo as coisas por esse prisma. Ele sempre me deu a impressão de ser um treinador equilibrado, de postura educada , de ser respeitoso com todos que convivem com ele.Me parece ,ser mais plausível considerar que ele tenha feito uma certa confusão entre dois conceitos muito parecidos, que definem situações bastante proximas,mas distintas em sua essencia. Ao dizer que seu time foi superior na maior parte do tempo , fazendo bem aquilo para o qual seus jogadores foram treinados , ele foi correto e preciso. Ele estava se referindo ao conceito de Eficiencia.A eficiencia está sempre relacionada ao como fazer as coisas da melhor maneira,com a otimização dos recursos e maxima produtividade.Mas ser eficiente não é garantia de ser bem sucedido. Ao mencionar que o Cruzeiro só jogou nos quinze minutos finais e então construiu o resultado.,ele estava ,inconscientemente, se referindo a outro conceito: a Eficácia. Essa tem por premissa a busca de resultado, geralmente envolvendo maiores recursos. Seu foco não está no como fazer, mas sim no que fazer, para atingir seus objetivos. E o Leonardo Jardim,com muita felicidade, percebeu o que fazer para obter o resultado. E,ao substituir tres peças por outras vindas do banco( ou seja,gastando recursos adicionais) ele, em quinze minutos de extrema eficácia,construiu a vitoria.Simples assim!
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Incompetencia ou teimosia?
O péssimo futebol, ultimamente praticado pelo Cruzeiro merece uma analise mais profunda,Como explicar que uma equipe pratique um futebol de altissimo nivel durante quase todo o primeiro turno do Brasileirão , para subitamente cair na mediocridade.Nas derrotas para o Ceará e Santos em casa e empate com o Mirassol fora, o que se viu foram 15 minutos de bom futebol, permitindo-lhe abrir o placar , para ,em seguida ,se esconder em campo de forma beirando a covardia e ir minguando ,minguando,se encolhendo ,a ponto de sua defesa ter um desempenho de time de varzea, rebatendo bolas repetidamente nos pés dos adversarios.Enquanto isso os demais setores da equipe pareciam que nunca jogaram ou treinaram juntos,tal a quantidade de passes errados, jogadas mal executadas ,ausencia total de dominio de bola, onde ninguem sabia o que seu companheiro pretendia.E, o que falar das faltas nas proximidades da area adversária?Cada cobrança ,um vexame.Via-se nitidamente que ninguem do grupo estava minimamente capacitado a cobrar uma falta , que pelo menos causasse alguma dificuldade ao goleiro adversario.A cada falta um novo batedor se apressava a assumir a tarefa ansioso para mostrar o seu total despreparo .Simplesmente patético!Pra culminar com o desastre ainda vemos o treinador. ou melhor dizendo ,não vemos o dito professor mexer uma palha para,pelo menos tentar organizar o time. No jogo com o Ceará o adversario fez 5 substituições e virou o jogo. O treinador Cruzeirense acho que fez uma.Colocou 25 milhões em campo que até hoje não sei o que veio fazer aqui.Contra o Santos a mesma coisa. O adversário fez 5 substituições e virou o jogo.Enquanto isso o treinador estrelado mantinha sua cara de paisagem.Depois fica alegando cansaço dos jogadores para tentar justificar as más apresentações . Era questão de tempo para que viesse a tona o esgotamento fisico da equipe. Mas a responsabilidade por isso cabe ao treinador. .Onde estavam Jhonatan,Wallace, o jovem Kaiki, Bolasie,Gabi Gol,Kauã Prates,Gamarra,Lautaro,Murilo Rhikman e outros.Se não servem para estar em campo,não deveriam estar ali.Não se espera que as mudanças,tanto em qualidade e quantidade sejam radicais. Mas o que fica claro é que não há uma gestão de elenco feita com competencia.Se o treinador insiste em não utilizar o elenco e acha que é melhor deixar o desgaste acontecer, não há nada que possa ser feito.. Sendo assim o prognóstico é desalentador.
De quem é a culpa?
Alguém , mais afobado, deve achar que a mediocre performance do Cruzeiro, em, praticamente todo o returno do brasileirão cabe exclusivamente ao treinador Fernando Diniz.Vamos aos fatos. O Cruzeiro estava atuando razoavelmente bem sob o comando do Fernando Seabra. Se mais ele não fez há de se reconhecer que alguns jogadores , uns por total falta de talento e outros por acharem que jogam mais bola do que são capazes de entregar em campo,impediam que se chegassem a melhores resultados.. Mas os maiores erros não ocorreram dentro de campo. Foram lá na Presidencia e na Diretoria de Futebol que ocorreram os erros estratosféricos de avaliação e de gestão. A começar por aquisições de atletas sem qualquer cuidado e analise dos mesmos. Embora contratações anteriores ja impactassem negativamente, a essas vieram se juntar Barreal,Villalba,Palacios, Wesley Gasolina, Peralta , Wallace e Vital, que pouco acrescentaram à equipe.Em contra partida liberou o Wesley para o Inter.Vá entender.Mas o pior ainda estava por vir.Resolveram dispensar o Seabra e aí eu pergunto: Como um presidente tido como homem-empresa acima da média , acostumado a decisões gerenciais e administrativas de relevante importancia para seus negocios e um Diretor de Futebol respeitadissimo no meio futebolistico cometem um gigantesco erro de avaliação e, sem olhar quem era Fernando Diniz, quais os seus predicados e quais eram os resultados dos seus ultimos trabalhos, investem em sua contratação?Vejamos quem é Fernando Diniz.Não é, e nunca foi competente em comandar equipes em jornadas de tiro curto.Para obter resultado Diniz precisa de peças específicas e tempo. Coisas que ele não teve E a reta final do Brasileirão ,naquela altura, era um torneio de tiro curto. Comete erros grosseiros quando emite comentários positivos sobre alguns jogadores em evidente mau desempenho. Não consegue moldar uma equipe à sua filosofia se esses jogadores não foram préviamente escolhidos para entender e assimilar seu estilo de jogo. Cassio é um exemplo clássico . E, ai um presidente muito entendido em vender arroz,feijão e farinha, e um diretor de futebol completamente distante da realidade resolvem contratá-lo ,para, num curto espaço de tempo ,fazer aquilo que ele não sabe fazer.Deu no que deu.
