Acompanho o voleibol brasileiro desde os primórdios dos campeonatos nacionais masculino e feminino.A equipe do Sada Cruzeiro me encanta pela magistral trajetória e pelos títulos conquistados do mesmo modo que o Minas de outrora me encantava com Cristina Pirv quando dominou o cenario feminino da Superliga com o fantástico L´áqua de Fiori. Hoje com o Praia Clube de Uberlandia ,retorno às minhas origens triangulinas ,mas sem perder de vista o glorioso clube do bairro Santo Antonio de BH.Ao longo de tantas temporadas e tantos jogos acompanhados a gente acaba percebendo algumas coisas que extrapolam o limite das quadras e alcançam o território inóspito e desagradável do comportamento humano frente aos desafios e cobranças que o cotidiano do mundo esportivo impõe.A própria midia especializada exacerba essas cobranças quando endeusa certos treinadores , outorgando-lhes uma genialidade que não possuem.Há um certo treinador que me desagrada profundamente pela maneira imprópria , inadequada e, no minimo deselegante e desrespeitosa de conduzir seu trabalho dentro da quadra.Ele tem por prática desqualificar as atletas do adversario ao instruir sua equipe.Já o vi fazer isso , e isso foi há muitos anos , quando , na quadra do Minas – e eu estava lá- ao instruir sua equipe teceu comentarios depreciativos sobre as qualidades da levantadora Gisele ,da equipe adversária.Assistí perplexo quando tratou a levantadora Claudinha,então sua atleta, de forma humilhante , perversa e covarde , inclusive afastada das demais do grupo, ao .vivo e a cores para todo o Brasil.Um verdadeiro show de horror!Ainda ontem, no jogo contra Osasco, por mais de uma vez, fez críticas ao saque da Waleuska ao reclamar da incapacidade de suas atletas em recepcionar “aquele saque”.Reclamou novamente de suas atletas por não dominarem uma rede “sendo que do outro lado estavam Claudinha e , quem diria? A Waleuska.” Isso tudo sem se dar conta que Waleuska, com todo o seu talento e classe, detonava a equipe dele.Esse senhor ao que parece, acredita mesmo que é o máximo..Suas instruções são feitas com a mão à boca, certamente para que o microfone do reporter não divulgue para o mundo “suas fantásticas dicas” .Ou então ele tem problemas bucais. Acredito mais na primeira hipótese . Esse cara não tem nada de genio.Pouco antes da Olimpiada de Londres assisti sua entrevista a um reporter e,quando questionado disse que a levantadora Fernandinha , por ele convocada seria fundamental às pretensões da seleção. Vale ressaltar que a Fabíola foi considerada a melhor levantadora da temporada e não foi chamada.Disse tambem que Natalia seria importantíssima nas partidas que viriam.Resultado:Fernandinha mostrou-se uma negação sendo substituída pela Dani Lins e Natalia não pôs o pé na quadra – foi levada sem a minima condição de jogar. A seleção quase foi eliminada e,não fosse uma reunião das atletas a portas fechadas e sem a presença dele, não teria havido aquela reação que levou à conquista do ouro olimpico. E aí o cara volta como genio!É brincadeira!Parte dessa imagem é de responsabilidade dessa midia especializada , que se cala ou finge que não vê quando esse senhor ofende atletas ou as desqualifica.E ,muitos desses comentaristas foram atletas.Deveriam ser os primeiros a reprovar essas atitudes.É visivel que suas broncas são seletivas.Ele jamais se dirigiria a uma Ana Moser,Fernanda Venturini,Virna ,Leila ou a qualquer dessas estrangeiras que hoje jogam a Superliga Feminina nos termos que usa com outras jogadoras não tão estreladas.Pra finalizar,espero que,tanto Minas quanto Praia não tenham a infeliz idéia de ,algum dia, trazê-lo para cá.Isso tudo me faz lembrar de um fato ocorrido com o Levir Culpi,então técnico do Atletico Mineiro:ao promover uma substituição foi homenageado com o grito de burro!burro! pela torcida enfurecida.Mas com sua mexida o time acabou virando o jogo.De forma divertida Levir acabou escrevendo um livro.O título? “Um burro com sorte”.É mais ou menos por aí.