Começando pela solenidade de abertura da Rio-16, antes precedida por receios de toda ordem e que ao fim e ao cabo da mesma nos sentimos realmente orgulhosos e comovidos com sua beleza e simbolismo e, na sequencia ,acompanhando o desenrolar dos jogos ,fica a certeza do sucesso dessa festa universal dos jogos olímpicos da Cidade do Rio de Janeiro.
É comovente ver o empenho de cada atleta,de todas as nacionalidades, na busca pela conquista daquelas medalhas,cuja cor ou material trazem consigo historias fantásticas de sacrifícios ,de superação ,renuncias e escolhas .Nós expectadores sabemos e também o sabem os atletas que só há duas possibilidades:vitoria ou derrota.Não há meio termo.Mas que sempre há de prevalecer o espírito olímpico.Aí reside toda a beleza das Olimpíadas.No final serão todos vencedores;com medalhas ou não.
As histórias de Rafaela,do Thiago, do Robson Conceição não são historias só deles. Há, por este Brasil continental milhares de Rafaelas,de Thiagos ,de Robsons travando diariamente suas batalhas certamente tão ou mais dramáticas e heróicas que aquelas travadas nos tatames ,nas pistas ou nos ringues.
No momento em que se encerrarem esses Jogos Olímpicos terá inicio um novo ciclo de quatro anos até Toquio em 2020.Mas é preciso que o Brasil tire dessa Rio-16 as lições que ela certamente proporcionou.Não só lições esportivas,mas,principalmente lições de cidadania ,de consciência cívica;que as pessoas levem para a vida cotidiana o aprendizado da ética,da lealdade ,da dignidade e da decência ;valores esses que o esporte tão magnificamente sabe difundir.
Ontem,vimos com tristeza , ruírem nossas esperanças no futebol e no volei femininos.É justo e meritório que celebremos e honremos essas garotas que tão bem souberam defender as cores pátrias.Deram o melhor de si e mostraram o verdadeiro espírito olímpico.
No futebol feminino talvez não tenhamos mais a Marta.Talvez isso não seja de todo ruim. Com certeza não teremos a incansável Formiga ,modelo de atleta que ,acima de tudo ,joga para o time.Outras jogadoras virão e o Brasil feminino será mais solidário e competitivo.
No vôlei será necessário uma reformulação mais estrutural.Independentemente do resultado nas Olimpíadas, acho que o vôlei está precisando de novos valores fora da quadra.Não creio que Zé Roberto e Bernardinho tenham algo mais a oferecer.Os conceitos de ambos estão irremediavelmente fossilizados.Lembrem-se que em 2012 em Londres,com uma única mudança tática( a colocação do meio de rede Museski como ponteiro) , o técnico russo desmontou o time do BernardinhoFazer inversão de 5-1 é muito pouco.é preciso que haja outras alternativas,principalmente táticas. .Ontem no feminino , a técnica chinesa Pin,após sofrer uma derrota acachapante no primeiro set, simplesmente remontou a equipe de forma brilhante e, pasmen—com o jogo em andamento!Foi como trocar o pneu de um carro em movimento.Enquanto isso nosso treinador se limitava a colocar a Gabi para sacar!Não sabia o que fazer!Acertou em colocar a Juciely,mas a concepção de jogo permaneceu a mesma; e o time ficou à mercê das chinesas.
.Acho que já deram uma inestimável contribuição ao vôlei nacional Já é hora de darem lugar a novos treinadores e a novas idéias.